IPTU, Social, Pedágio e mais…

Notas da Semana
Coluna do dia 17 de outubro de 2025

Chegou a hora
Na próxima quinta-feira, dia 23, saberemos qual empresa ganhará a concessão das rodovias do Lote 4 e também qual será o valor da tarifa na praça de pedágio de Mandaguari. Só para lembrar: desta vez, o contrato terá validade de 30 anos.

Bomba
O projeto de reajuste do IPTU em Mandaguari está “no forno” e, a qualquer momento, pode ser enviado para a Câmara. Há rumores de que esta será uma verdadeira “pauta-bomba” para o Legislativo. Se isso se confirmar, haverá um enorme desgaste político para os envolvidos, além de um estrago considerável no bolso dos contribuintes. É esperar para ver.

Prorrogou
A Prefeitura prorrogou por mais um ano o contrato com a empresa C. Brasil Serviços de Limpeza, responsável pela coleta de lixo no município.

Sem discussão
Embora haja muitas reclamações em relação ao serviço prestado, não há notícias de que a administração tenha convocado os vereadores ou representantes da comunidade para discutir o assunto antes de renovar o contrato.

Cancelou
Deu B.O. no processo seletivo que a Prefeitura de Mandaguari realizou no último dia 8 para contratar novos estagiários. Canal de acesso à prova incorreto e pendências cadastrais foram alguns dos problemas que comprometeram a isonomia e prejudicaram a igualdade de condições entre os candidatos. Isso obrigou o cancelamento do processo. A data da nova prova ainda será definida.

Rotina
Infelizmente, esse problema não foi um caso isolado. Na atual gestão, pouquíssimas ações ou projetos acontecem sem que haja alguma falha grave que comprometa ou atrase a realização.

Lista
A relação é grande e tem algumas questões que chamam a atenção. A “novela” do asfalto no Jardim Social é um exemplo recente. Há alguns dias, o engenheiro responsável por fiscalizar a obra afirmou aos vereadores que “não existe nenhum problema, nem com o projeto nem com a execução” — embora tenha sido assinado um aditivo prorrogando em seis meses o prazo de entrega.

Tudo certo. Só que não…
Dias depois de ouvirem essa afirmação, os vereadores tiveram acesso a uma notificação que o setor de Tributação do Município aplicou à empreiteira que executa a obra, porque as calçadas não estão obedecendo aos padrões estabelecidos pela legislação municipal.

Acredite se quiser
Foi isso mesmo que o nobre leitor entendeu: o projeto, elaborado pela Prefeitura e cuja “fiscalização” técnica é feita pelo setor de Engenharia da própria Prefeitura, está irregular.

Tem, mas acabou
Outro problema denunciado pelos vereadores esta semana foi a falta de fraldas geriátricas tamanho P na Farmácia Municipal. Além disso, faltam resinas para restaurações e anestésicos nos consultórios odontológicos do município.

Licitação
Em nota, a Secretaria de Saúde informou que o desabastecimento das resinas e anestésicos ocorreu por conta da licitação (que foi iniciada no começo do ano). Segundo a nota, a grande quantidade de itens contidos no edital e os recursos apresentados por empresas participantes atrasaram o processo.

Homologação
De acordo com a secretaria, a homologação aconteceu no dia 23 de setembro e os valores estão em fase de empenho para que os materiais sejam adquiridos.

Emprestado
Para não comprometer os atendimentos, a administração pegou esses itens emprestados da Prefeitura de Marialva.

Irregular
O problema é que não existe uma lei municipal ou convênio firmado autorizando esse tipo de empréstimo. Embora tenha sido uma solução simples e aparentemente eficaz, essa prática apresenta indícios de irregularidade e pode trazer problemas tanto para quem cedeu os materiais quanto para quem foi beneficiado.

Novos capítulos
O imbróglio envolvendo a demissão da procuradora jurídica da Câmara de Mandaguari, Laura Simões, teve novos desdobramentos esta semana. Na terça-feira, dia 14, a Justiça negou os embargos que questionavam o prazo estabelecido na liminar para reintegração da servidora.

Reintegração e multa
Ontem, dia 16, os advogados que representam a procuradora apresentaram um pedido de execução alegando que a Câmara não cumpriu a liminar e exigindo a imediata reintegração da servidora, além da aplicação da multa no valor de R$ 1 mil por dia, contados a partir de 14/10.

Escândalo
E, 25 anos depois de estourar um dos maiores escândalos de corrupção da história do Paraná, Maringá volta a ter um secretário de Fazenda do município como alvo de denúncias gravíssimas.

Gianotto e Paolicchi
Em 7 de outubro de 2000, o extinto jornal O Diário estampou na manchete o início das investigações envolvendo o então prefeito Jairo Gianotto e seu secretário de Fazenda, Luiz Antônio Paolicchi. Ao final, descobriu-se que a dupla havia desviado cerca de R$ 60 milhões da Prefeitura. Atualizado, esse valor ultrapassa R$ 1 bilhão.

Máfia e PCC
E ontem, 16 de outubro de 2025, Carlos Augusto Ferreira, atual secretário da pasta que foi ocupada por Paolicchi, foi alvo de uma operação que apura lavagem de dinheiro proveniente do tráfico internacional de drogas, com repasses a organizações criminosas como o PCC e a Máfia Italiana. Ele teve três carros apreendidos pela Polícia Federal: uma Ferrari, um Porsche e uma Mercedes.

Outro lado
Os fatos pelos quais o secretário é investigado não têm relação com sua atuação na Prefeitura e teriam ocorrido antes de sua nomeação para o cargo. Ele afirma não ter conhecimento dos crimes e pediu afastamento da função para se dedicar à sua defesa.

Edição concluída às 13 horas do dia 17/10/2025.