Mandaguari ganha destaque em nova configuração da Região Metropolitana de Maringá
A cidade de Mandaguari passa a ter papel de maior relevância na reorganização das Regiões Metropolitanas do Paraná, após o envio de um projeto de lei complementar pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior à Assembleia Legislativa nesta segunda-feira (22). A proposta, elaborada pela Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep) em conjunto com a Secretaria de Estado das Cidades (Secid), redefine os limites metropolitanos com base em critérios técnicos do Estatuto da Metrópole, aprovado em 2015.
No caso da Região Metropolitana de Maringá (RMM), que hoje reúne 26 municípios, a nova configuração reduzirá o número para apenas cinco: Maringá, Sarandi, Paiçandu, Mandaguari e Marialva. Esses municípios foram considerados pela conurbação (união de áreas urbanas), integração socioeconômica e densidade populacional, características que os colocam como um núcleo metropolitano de fato.
Para Mandaguari, a mudança significa maior inserção nos debates e nas políticas conjuntas de longo prazo voltadas a temas como mobilidade urbana, meio ambiente, infraestrutura e uso do solo. A Amep, responsável pela governança técnica das regiões metropolitanas, atuará de forma mais próxima nesses municípios, possibilitando que o planejamento urbano seja integrado e adequado à realidade da região.
“Essa reorganização traz uma governança mais clara e fortalece a participação de cidades como Mandaguari no planejamento regional. É uma medida que garante eficiência no uso dos recursos públicos e maior clareza na divisão de responsabilidades”, destacou Gilson Santos, presidente da Amep.
Outra novidade é a adoção dos Planos de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI), que funcionarão como um “plano diretor” para cada região metropolitana. Esses documentos serão revisados a cada dez anos e terão ampla participação da sociedade civil, indicando prioridades em transporte, habitação, preservação ambiental e infraestrutura.
Já os municípios que deixarão de integrar formalmente regiões metropolitanas, como Apucarana, Campo Mourão, Cascavel, Toledo e Umuarama, ganharão mais autonomia decisória, sem perda de recursos estaduais.
