Energia Falsa: o risco invisível por trás dos energéticos e suas combinações perigosas
Fórmula 1, longas jornadas de trabalho, festas, esportes radicais, treinos intensos… Qual bebida parece unir todas essas esferas? A resposta pode ser água – insubstituível –, mas hoje vamos falar de outro protagonista onipresente no nosso dia a dia: as bebidas energéticas, na forma de café, pré-treino e os famosos “energy drinks”. Ao sabor de promessas de vigor instantâneo, elas carregam um risco muitas vezes invisível.
Muitos recorrem às misturas de álcool com energéticos em baladas ou encontros informais, na esperança de driblar o sono e prolongar a diversão. Mas essa combinação é traiçoeira: a cafeína mascara a sensação de embriaguez, fazendo com que você beba além do limite sem perceber. O ‘pico’ de alerta vicia — é como tomar café: quando passa, você quer mais. Assim, em vez de aproveitar a festa, você acumula doses extras de álcool e estimula ainda mais seu organismo.
No coração, o estrago pode ser ainda mais sério. Ingredientes-chave dos energéticos — como cafeína, taurina e guaraná — elevam simultaneamente a pressão arterial e a frequência cardíaca. Quem já convive com hipertensão pode agravar seu quadro, e pessoas saudáveis ficam mais suscetíveis a arritmias, fibrilação e, em longo prazo, a eventos como AVC e infarto.
A combinação com álcool agrava o estresse hepático e renal, com relatos de até casos de pancreatite aguda e insuficiência renal. Doses moderadas de bebidas energéticas podem até melhorar o humor, mas altos volumes de cafeína estão associados a crises de ansiedade e até ataques de pânicos em indivíduos predispostos. Por fim, a mistura de estimulantes altera o sono que desregula a pressão arterial, controle glicêmico e compromete a saúde mental.

